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A humildade

Sempre desconfiei de pessoas humildes. Melhor dito: sempre desconfiei se a humildade não constitui uma capa conveniente ao oportunismo e ao engano.  Desde já, devo fazer uma confissão – eu não sou humilde, talvez por uma questão de temperamento, ou pelo facto de nunca ter sentido a necessidade de me rebaixar para dar sentido aos meus atos, ou às minhas palavras. No entanto, eu reconheço que a humildade pode ser uma virtude, desde que seja genuína. A genuinidade da pessoa humilde demonstra-se em todo aquele que é ciente das suas próprias limitações e dos seus defeitos. Eu admiro os verdadeiros humildes. A minha querela não tem a ver com o ideal de humildade, mas sim com esses supostos humildes que pululam por aí, envergando o véu da humildade para ganharem prestígio e benefícios. Regra geral, o falso humilde é, na realidade, um cobarde, e nós apreciam-los tanto, porque nós adoramos cobardes. Nós não costumamos gostar de alguém que nos faça frente, que argumente, que tenha uma postura

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